Por um caminho rápido e aparentemente comum, comecei a observar minuciosamente o que se passava pela janela do carro e a não esquecer de, sequer, um detalhe. Próximo ao fim do quarteirão em que o CEFET-RN se situa, passava apressada uma velhinha que me chamou atenção. Em seus pequenos passos rápidos e cuidadosos era tangível com qual força agarrava sua simples bolsa vermelha. E, então, eu me questionei sobre o que é necessário para se viver. Com o seu pouco e com o meu pouco ainda podemos oferecer ao próximo, pois foi assim que aprendi. Meus pensamentos ficaram ocos, pois apenas a imagem daquela senhora morena passava por repetidas vezes em minha cabeça.
Hesitando ao passar pelas imagens de anjos, dividindo as duas pistas, o meu olhar não compreendia como havia mágica sem público. As pessoas passavam como se não existisse nada à sua frente, vaidosas com seu próprio nariz. E o espírito do Natal? Onde foi parar o fascínio por todas as belezas que presenciamos em um breve mês? E a necessidade de aproveitar as felicidades propiciadas pelos pequenos momentos? Tantas perguntas em menos de 30 minutos retiraram o sossego, o qual a minha música preferida - "só pro meu prazer", de Leoni - havia depositado sobre mim.
Ao ver o meu pai dirigindo, percebi que ele era quem mais precisava de algo naquele momento em que fui egoísta ao que o mundo me mostrava, por meio da capital do meu estado. Suas mágoas, suas frustrações e sua raiva pelo que acontecia em sua vida foram cedendo após uma única frase minha: "eu confio em você".
É, às vezes, achando que não há o que fazer e insatisfeitos com o planeta, não temos olhos nus sobre as pessoas de verdadeira relevância em nossas vidas que, porventura, estão precisando que estejamos felizes para com eles. E para meu pai, tão honesto com suas verdades e sentimentos, é muito pouco apenas amá-lo.
Hesitando ao passar pelas imagens de anjos, dividindo as duas pistas, o meu olhar não compreendia como havia mágica sem público. As pessoas passavam como se não existisse nada à sua frente, vaidosas com seu próprio nariz. E o espírito do Natal? Onde foi parar o fascínio por todas as belezas que presenciamos em um breve mês? E a necessidade de aproveitar as felicidades propiciadas pelos pequenos momentos? Tantas perguntas em menos de 30 minutos retiraram o sossego, o qual a minha música preferida - "só pro meu prazer", de Leoni - havia depositado sobre mim.
Ao ver o meu pai dirigindo, percebi que ele era quem mais precisava de algo naquele momento em que fui egoísta ao que o mundo me mostrava, por meio da capital do meu estado. Suas mágoas, suas frustrações e sua raiva pelo que acontecia em sua vida foram cedendo após uma única frase minha: "eu confio em você".
É, às vezes, achando que não há o que fazer e insatisfeitos com o planeta, não temos olhos nus sobre as pessoas de verdadeira relevância em nossas vidas que, porventura, estão precisando que estejamos felizes para com eles. E para meu pai, tão honesto com suas verdades e sentimentos, é muito pouco apenas amá-lo.
(o1 de dezembro de 2009)
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