24 de fevereiro de 2012

Desânimo à metáfora

Ao despertar o dia,
Brindaria com o sol radiante
Em veemente alegria
Caso a taça não fosse dilatante.

[Outrora em recordação]

Sob o ápice de emoções
Pensa em a mágoa afogar,
Se esta possuísse pulmões
Aptos ao fim d'uma vida a julgar.

Percebe a lentidão do tempo
Como se ele pudesse correr...
Fato é a ausência de consentimento
Entre o relógio e o que se fazer.

1 de fevereiro de 2012

Dia de um sonho

Ela nunca quisera
A fama no âmbito didático,
[ou outro espaço]
Mas sempre impusera
Seu comportamento social mais prático.
(sem êxito)

A mais solitária prometeu
Não se tornar diante do silêncio
Em que sua timidez se escondeu
Sob o primeiro proscênio.

Num dia de sonho
Realizo a comunicação
E na filantropia, então, ponho
A minha satisfação.

Na sala resfriada
A ausência de outrem
Não é mais enxergada
Na conversa que agora convém.

Sob a luz solar
Barganha sorriso e palavra
Com aquela que intrigou seu olhar
Por persistência como trava.
(Tão diminutiva sua graça)

Ao meio-dia
Enxerga numa constatação
Uma efêmera companhia
Até o encontro do "busão".
(Resultados passados empáticos por um sorriso)

Ah!
Queria eu encontrá-lo sempre lá,
Lá no ponto do ônibus!
Tão argentino e fluente
Num diálogo interessante
A se fazer próprio ônus.

Seu vislumbre era além
Do que se considera normal:
Seu sorriso era o "amém"
Ao que eu desejara no astral.

Seu enlace com os braços
Acompanhado pelo estalo na face
Iniciou os seus novos passos
Consequente de nosso desenlace.
(Sem saber seu nome)

Para o selo final ao onírico,
Apenas uma admiradora de cobra
Com um tom de voz lírico
E simpatia em sobra.

Devo vê-la novamente,
Pois nos prometemos rir
Com o assunto a distrair
Nossa volta atemporalmente.

Como agradecer pelo hoje?