22 de dezembro de 2013

'100sualidade' insólita

Um,
Dois, 
Três
E quatro
Somam 100: '100sualidade'.

Um universo quadrado
Com vértices distintos
- Regular e coeso - 
Pelo encontro de linhas.

Linhas de compreensão.

Quatro singularidades
A se identificarem
Em rótulos derrotados
Pela amizade.

Gula.
Terrorismo.
Sono.
Dor.

Nunca definições,
[Somos significados infinitos]
Mas parâmetros
Para os compartilhamentos
Próprios dos quatro.

E que saudade
Senta-se ao meu lado,
Quando desejo
Que as férias sejam cotidiano!

Cotidiano feliz (e turbulento)
Com gatos '100suais'.

6 de dezembro de 2013

Confiante mês

Poderia não ter querido
Permitir o passo
Avançar destemido
Ao rosto ruborizado.

Poderia ter deixado
O medo responder
Pelo desejo consumado
De nos acolher.

Traria perspectivas
Para contundir sem dó
Nascentes expectativas
De com ele não estar só.

Mas eu voltaria
Sempre que seu sorriso
Atravessasse com calmaria
O que fora inciso.

Sem comparar
Ou buscar mudar,
Pois fugia à menção
Outrem igualmente singular.

Com olhos a me sondar,
Ouvidos a perceber,
Lábios a sucumbir
À paralisia do olfativo torpor.

Não me deixaria ter perdido
A chance de repousar
(Em nossos céus)
Nosso vínculo merecido
Pelo que soubemos significar.

Escolhi, enfim, libertar
O poder de uma vez
Nele (tão tranquilo) me encontrar
Em um confiante mês...

De uma eternidade.

Como quem não procura o tempo
Para acreditar no amor.

4 de dezembro de 2013

Quando se está ao lado

Tão livre
Li e vi
Seus olhos de mistério
Atraindo-me em qualquer critério.

Mergulho
Na tranquilidade
De ser barulho
Ao querer expressividade
[Para nós].

Provo
A liberdade
Quando repouso
Junto à reciprocidade
[Tão nossa].

Encontro-me
Em seu jeito
De viver
Com voo quase feito.

Vem, vamos voar.

Adocicada
É a sensação
De abraçar a sinestesia
Com o coração.

Por fim,
É tão fácil confiar
Em mil meses de amor
Que ainda vão prorrogar...

Porque eu vou estar ao seu lado.
E você - eu ouvi -, ao meu. 

(Jeneci)