10 de julho de 2013

Medo de voar

Quem poderia
Tanto medo imaginar
Quando se via a Maria
Prestes a decolar?

Nunca um avião,
Visto ser natural...
Desejaria ser, então,
Ave nitidamente rural.

Vislumbre do céu
Como energia interior
E arremessar ao léu
A covardia de estar superior.
[Plano superior...]

Porém que as asas
Cortaram-lhe sem dó
E o sonho de voar
Voou para longe com o pó.
[Pó de Pirlimpimpim!]

E agora só pode estar
Onde a ordem alcançar,
Sem a escolha de sonhar
Com um novo lugar.

Para morar...
Ou só para passar.

Nenhuma vez passarinho,
Mas sempre a liberdade 
Tornando possível realidade
A sensação do vento feito carinho.

E esse medo de voar, menina?