O que seria de mim sem ti, Tristeza?
Completas espaços de vaguidão
E alcanças as profundezas intrínsecas
Ao efeito de torpor por ti concedido!
Brincas com meus pensamentos,
Enganas meus corações...
Mas percebo teus propósitos.
Ah, senhora travessa!
És tu mesma quem atrai a sede:
Sede de sorrisos
Mergulhados em um copo
De saciedade refrescante.
O que afligiria minhas vontades,
Aborreceria meus planos?
Como não precisar de tua inocente maldade
Para incitar minha coragem?
Lágrimas a escorrerem por um rosto
Que sinaliza sorrateiros movimentos
De reversão...
Olhes o perigo, Tristeza!
E vais embora...
Não porque foste maculada. Não!
Abandonaste este pobre espírito
Para que a felicidade desça de tuas costas e nele repouse um pouco.
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