4 de março de 2014

Quando a casa cai

Ao vir a casa cair,
Talvez cada tijolo
Quebre-se na desordem
De toda instituição a falir.

Ao vir a instituição falir,
Nasce a desesperança
Para conceber o melhor
Em meio à frustração a se ouvir.

Ao se ouvir a frustração,
O passado perde sentido
Como se passasse um furacão
Pela memória trazida consigo.

O passado nunca fora calmaria:
Desde a infância,
Aprendera conceitos "adultos"
E perdera a brincadeira.

Então, jovem resistência,
O fogo cruzado não bastaria,
Quando visse a consequência
Do fim da alegria...

Ou seria agonia?

Vem, por fim, a conformação
Longe do lar.

Vai, por fim, a desilusão
Para outro lar.

Mas espere.
Espere por Deus.

Quando Ele soprar sua manhã,
Entenderá que os mares no peito
Possuíram grandiosas ondas de dor
Para chegarem, descansadas, à beira.

E, então, elas voltarão.

Pois sossego é a igualdade
Concedida pela soma de duas ou mais dores que se vão.