28 de fevereiro de 2013

Matando leão

Por quê?

Apenas me contas o motivo
Complexo ou incompleto
De ser posto como inimigo
Alguém que a ti não é certo?

E no quadro me dizes
Quebrando a ponta do giz
O que é ser certo.

É tão clichê
É tão normal ser
Diferente do que se vê
O dia inteiro...
[O mês, o ano, a vida].

O que faz a sociedade
- Hipócrita em valores -
Apontar promiscuidade
Ao que, sem saber, causa horrores?

Pois se há horror
Diante do desconhecido,
É certo existir muita dor
Em um processo mental oprimido...

O teu, que julgas!

Há tanta suavidade
Em abrir portas alternativas
Reveladoras de outra realidade,
Reveladoras de outro aspecto de vida.

Como me enriquece
Conhecer o lado calado!
Que nunca me cesse
A vontade de vê-lo exaltado.

Tua convenção
Não me importa,
- Mas incomoda! -
Se é limitação.

Indago sobre a obrigação
Do outro se provar,
Matando todo dia um leão,
Quando não pode te agradar.

Enxergas a grandiosidade
De um ser humano
Que também é sensibilidade,
Porém sufocado por teu engano.

Engano, sim!

Livra-te de conceitos sujos,
De posturas incoerentes!
Porque tu não és inocente
Perante a diferença em luto.

Padrão
É exclusão.
É solidão.
E você acaba na mão - mão atroz social.

Percebas o meu respeito
E despreocupação cultural:
Bato no peito;
Recuso teu julgamento infernal!

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