21 de fevereiro de 2013

Vem, poesia

Vem, poesia,
Gritar em meu quarto
E pular bem alto
Para espanto da calmaria.

Vem, poesia,
Inquietar minha mente,
Ser bastante insistente
Quando minh'alma estiver vazia.

Porque tudo é bom
E tudo é ruim,
Mas a rima sem fim
À vida traz novo som.

O meu sentir...
Ah! Juro não saber
Um saber de transmitir
Melhor do que escrever.

Quando é amor,
As palavras têm seu calor!
Já na desilusão,
Poema tem céu e muito maior o chão.

Na costumeira fala
A emoção em plenitude
Jamais se exala
Como em literária atitude.

Perdoe-me, pois
Ao me significar com gestos
E seja ciente de que foi
Por vias de um texto honesto.

Mas maior é a expressão
Que de mim, vívida, nasce
Por detalhe feito à mão,
Pela poesia que nunca se acabe!

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