14 de janeiro de 2012

Mescla inenarrável

Então encontra parada
A mente em turbilhão
Essencialmente atormentada
Pelo silêncio sob arranhão.

Medo. Ciúme. Saudade. Tristeza. Amor. Felicidade.
Cada parte de uma confusão;
Não descrevo um só palavrão,
Além de "incompreensão".

Não!

Não se pode conhecer
O íntimo súbito de inconstância
E cogitar apenas escrever
Como pura insignificância
Do seu cérebro em funcionamento:
Meu pensamento.
(Isto há de ser sentimento?)

Entrelaçarei as linguagens
De vosso entendimento
Para alcançar as maquiagens
Camufladores do meu intento.

Mas não o direi.
Os teclados, por ora, pararei.

Incapacito-me por brincar
De conceber palavras
Ao que está a se mesclar
Na expressão com travas.

Só sinto.
Não minto.
Mas omito.

Para o meu bem
A ela não convém.

Mescla inenarrável, sorria...

Nenhum comentário:

Postar um comentário