As lágrimas que escorrem
Pelo braço recolhido
Junto a olhos que sofrem
A inundação do oprimido.
Porque já foi uma criança
Suportando o autoritarismo
Esmagador da esperança
De não ver mais o egoísmo...
Naqueles olhos tão claros.
Mas parece engolir
A saúde da alma
Até sucumbir
Inteira e moldada calma.
E o ser pequeno
Já não tolera a humilhação
De lhe roubar o contento
Na dita ausência de noção.
Prosta-se a chorar
Junto ao braço recolhido...
[Mais uma vez]
A vergonha continua a lhe tomar
No âmago, agora, mais ferido.
E já é uma moça.
Haja a chance de perdoar
Depois.
Bem depois.
Até a insistência miserável sarar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário