26 de janeiro de 2012

A mulher sábia edifica a sua casa*

A alma afoga-se no jubilar
De pertencer à mulher sábia
Que ousa o mal enfrentar
Com a oração por sua lábia.

Por seu íntimo.

Eis que vislumbro a progenitora
A aliviar a mulher
Então menina por dor denegridora
De sua aprendiz fé.

Fé no Rei dos reis.

Vale-se de poderosa espada
Para apaziguamento familiar
Sem uma pele perfurada,
Mas com regozijo a iluminar.

Abre a Bíblia e põe-se à fortificar.

E minha mãe edifica a sua casa
À medida que colabora com o alicerce
De uma próxima moradia
Onde a presença de Deus não cesse.

Feito ardente brasa.

Ó mulher grandiosa,
Quão forte te tornaste!
Por que não te siginifcar valiosa
Na própria vida que mudaste?

Porque minha admiração está além
De uma noite.
Permanece, pois.

* Provérbios de Salomão 14:1

24 de janeiro de 2012

Acróstico iniciante

Vivenciando o princípio
Em verdade, vos digo:
Retificar a vossa falha
Durante a busca autêntica
Ao íntimo de fornalha*
Dedicado por excêntrica
Escolha pela qual convém...

(lutar)

*[aprendizado em ardência intensa]

22 de janeiro de 2012

Reiteração

Salve uma mente e a verdade não lhe será negada.

Escolha

Na escuridão para a escolha,
A hesitação se faz erro
No cair da primeira folha
Desunida à arvore com medo.

Então impacta-se contra o chão
De dura e fria realidade
A causar um veloz comichão
Por ânsia de liberdade.

Com um preço
Sem meu apreço.
Mas paga-se pela vida.

Apenas não se esqueça de que o peso da escolha reflete nas consequências a enfrentar. Mas você terá de seguir - mesmo com medo, arrependimento ou saudade. A felicidade é uma busca que não cessa, e o perdão começa por você.

Fato por mim

O maior desgaste contra o qual terá de lutar é a conservação do que não se tem em reciprocidade. Pois o quadro sem apoio é o próprio cavalete, mas este sem o quadro é mera inutilidade.

19 de janeiro de 2012

Crescimento choroso

As lágrimas que escorrem
Pelo braço recolhido
Junto a olhos que sofrem
A inundação do oprimido.

Porque já foi uma criança
Suportando o autoritarismo
Esmagador da esperança
De não ver mais o egoísmo...

Naqueles olhos tão claros.

Mas parece engolir
A saúde da alma
Até sucumbir
Inteira e moldada calma.

E o ser pequeno
Já não tolera a humilhação
De lhe roubar o contento
Na dita ausência de noção.

Prosta-se a chorar
Junto ao braço recolhido...
[Mais uma vez]
A vergonha continua a lhe tomar
No âmago, agora, mais ferido.

E já é uma moça.

Haja a chance de perdoar
Depois.
Bem depois.
Até a insistência miserável sarar.

18 de janeiro de 2012

Outrem de reflexão

Penso no próximo
Ao buscar compreensão
Para o que sente insólito
Ultrapassar a razão.

Recordo, pois
A escolha em um passado
Vivendo o depois
Por recusa do machucado.

Aceitar a espera
Com mudança apta
Que a mente tolera
E a paciência capta.

Capta amor.
Capta querer.
Supera a dor.
Deixa-se esquecer...
[o que já se foi]

Liberto-me dos julgamentos
Ao conceituar o que é certo,
Pois errado é o pensamento
Não trazer a verdade para perto.

Aceitarei o que outrem optar
Sob condição de ser feliz
E jamais seja proibido de amar
Aquele eterno aprendiz.

Que pode ser eu.
Que pode ser você.
Em verdade, todos nós.

Você

Não sei quem é,
Mas é você.
Não sei o que quer,
Pois inclui você.

Um você tão genérico
Nos dedos de quem se refere
Ao apontamento do mérito
Que mal se percebe.

O importante é exibir
A transferência da primeira pessoa,
Pronta a convir
Você como escolha boa.

Você não sou eu,
Ainda que eu tenha de você
Um afeto, agora, muito meu
Cativado a crescer.

Sê-lo você.
Sê-lo.
É você.

17 de janeiro de 2012

Altíssimo

Abaixo, menosprezo o ego
De minha altivez sórdida
Por pura condição humana,
Que em falha me sopra.

Ao alto, então, olharei
E buscarei o conforto,
Ao qual acima somente encontrei
O mais seguro porto.

A leveza  me sentirá
Como a pluma brilhante,
Que estou a me tornar
Ao vislumbre de meu Amante.

Confio em Teu abraço, Senhor.

Vergonha em peso

Tua vergonha contaminará
O seio que não te pertence,
Pois não irás te culpar
Pelo outro indecente.

Verás as confusões
Alcançando teu âmago familiar
Até ferir os corações
Prestes a se separar.

Desculpas pede-se pela dor
Que não foste causar
Na mente sob torpor
De palavras duras a aguentar.

Quero a mudança!
Haja rápido o perdão
De uma alma que canta
Para outra somente em audição.

Admiro-te, ó tristeza
Por tua bagagem aprendiz
Mas não suporto o choro
Na face vista, outrora, feliz.

Erre por vergonha.
Redima-se por caráter.

E limpe-se.

15 de janeiro de 2012

Compreensão ao orar

As fortes ventanias confrontam o teu rosto, para que sintas a brisa tocar-te com maior suavidade. É a felicidade que não vem sem a tristeza. Ou o arco-íris que não surge na ausência da tempestade.

Obrigada pelas tempestades e calmaria, Senhor. Tu és o equilíbrio.

14 de janeiro de 2012

Mescla inenarrável

Então encontra parada
A mente em turbilhão
Essencialmente atormentada
Pelo silêncio sob arranhão.

Medo. Ciúme. Saudade. Tristeza. Amor. Felicidade.
Cada parte de uma confusão;
Não descrevo um só palavrão,
Além de "incompreensão".

Não!

Não se pode conhecer
O íntimo súbito de inconstância
E cogitar apenas escrever
Como pura insignificância
Do seu cérebro em funcionamento:
Meu pensamento.
(Isto há de ser sentimento?)

Entrelaçarei as linguagens
De vosso entendimento
Para alcançar as maquiagens
Camufladores do meu intento.

Mas não o direi.
Os teclados, por ora, pararei.

Incapacito-me por brincar
De conceber palavras
Ao que está a se mesclar
Na expressão com travas.

Só sinto.
Não minto.
Mas omito.

Para o meu bem
A ela não convém.

Mescla inenarrável, sorria...

12 de janeiro de 2012

Pouco ao muito

Apenas mais uma vez escondida
Durante uma madrugada a escoar
A verdade, pois, esclarecida
Para a omissão de não interpretar.

Presenteando a noção pessoal
A quem, também, não quer ouvir
Como um dia foi seu estado mental
Sem conselhos a convir.

A palavra paira
Sobre a página sem expressão
E a escuridão, então, falha
No resplandecer de uma nova visão.

Descreve-se a empatia
Agradecida com ternura...
Percebe-se a alegria
Aliviando o peso da amargura.

Pois que, por Deus, eu seja abençoada
A sempre te ajudar
Na circunstância que me for compartilhada
Com o amor para nos curar.
Vamos nos libertar!

E cative-me com seu sorriso - belo demais para estar escondido. Os arco-íris de meus céus estarão lá.

Questionar

Como entender
Alguém que luta por valores,
Duvidados em mãos a cometer
O assassinato de seus autores?
Por que temer?

Como compreender
O errôneo que chora
Pela mentira posta a doer
Num corpo onde não mora?
Por que perder?

Como perdoar
O sobrevivente dos erros
Naquele passado a se massacrar
Sob o presente de insanos medos?
É preciso confiar.
[...]
E vamos esquecer
Para podermos seguir
Após cada sol se por...

Então pertencerei ao teu merecer.
Nosso será.

8 de janeiro de 2012

Nota de aprendizado

A ausência de consciência para seguir em frente é constante até o momento em que se descobre estar a única saída no caminho adiante.
Denotativamente me expressando: você só segue em frente quando esta é a única escolha a convir.

3 de janeiro de 2012

A nós

E ouço a melodia continuar
Na sala que imaginei para suas canções
Serem criadas dentro de meu agradar,
Tão íntimo às nossas emoções.

Sentirei a saudade escapar
Do interior de afastados corações
A fim de explosivamente se transformar
Naqueles beijos de mútuas redenções.

Vou confessar que o sorriso existe
Por própria condição do tempo,
Que na atemporalidade persiste
Em te fazer meu contentamento.

A varanda conhecida, então, será só sua
O convite para acompanhá-lo, tão meu...
De lá poderemos encontrar a lua
E terei o abraço que me prometeu.

Pensaremos em caminhos duplicados:
Você irá para eu voltar,
Quando nossos rostos ficarem confrontados
Até o máximo nos aproximar.

Vou confessar que o sorriso existe
Por própria condição do tempo,
Que na atemporalidade persiste
Em te fazer personificação de meu sentimento.

[Para suprir a contagem
Daqueles eternos segundos
Um, 
Dois,
Três.
Enquanto fiquei sem a passagem
De interligação entre nossos mundos.
Que são meus.
Que são teus.]

Rimar a circunstância

Construo uma janela
Ao centro da parede bela
Que era imaginável tela
No meu cômodo em forma de cela.

Busco a liberdade
Sentindo o frio da verdade
Aconchegar a bondade
De ser uma saudade.

E repouso o coração
Para pura reflexão
Da personalidade em questão
Sem medo da escuridão.

É que eu vou amar.
É que eu vou compreender.
É que eu vou (me) redimir.
É que vou me transpor.
Humanizar-se-à.

Dedicada à Malu linda.

Sobre 2012

Minha vida não mudou de um dia para o outro, de um ano para o outro. Não vi os fogos de artifício alcançarem os céus concomitante a expectativas circundando minha mente. Divaguei somente pelos olhos e pensei no que estava entrando numa caixa de apenas recordação. Os 30 minutos antes da virada de ano tinham significado o fim de um círculo iniciado há alguns meses. Sobre o reinício alicerçado em 2012? Nada. Fazer planos não era mais uma inscrição minha. Eu tinha entregado minha vida nas mãos do Senhor e me reciclado de todas as marcas más ao longo de um ano - transformei em sabedoria e energia para seguir em frente.
É o terceiro dia do ano e eu não tenho pretensões para o que fazer. Estou vivendo o presente para que 2012 seja realmente uma dádiva. O amanhã é uma incógnita e eu não vou decifrá-lo antes da recomendação que eu receberei certamente (mesmo que seja através do vislumbe do voo de uma borboleta). Mas se há uma anseio íntimo a mim é o da conservação: na fé, na família, na amizade. Porque meus pais são minha fortaleza humana maior. Porque os outros familiares são o porto em que me ancoro por solicitude. Porque os amigos são os cativados que mais aprendi a valorizar ao longo do ano passado. Porque foi Deus quem me abraçou, trazendo todas as graças que citei.
Não peço que 2012 seja bom ou feliz; ele nasceu próspero a cada um que transladou junto. Nada peço, na verdade. É melhor eu caminhar e agir coerente aos propósitos que formei simultaneamente a mim. É melhor eu ter e ser paz. E com verdade, porque ela liberta.