Ah, se tu me amasses em um dia de outono!
Ou de inverno!
Eu iria querer que tu me amasses por felicidade própria,
E tuas mãos movessem-se, buscando um (sor)riso apenas nosso.
Por que não nos desfazemos destas explicações?
Não quero que tu entendas o momento;
Ele finalmente tem vida.
Ame-me. Eu te amo.
Ó futuro, como demoraste!
Não, não houve tua demora.
Compreendi a espera para teu encontro
A fim de que me ames.
É nesta cama ou neste chão gélido,
Que eu e tu, meu amor,
Podemos sentir todos os tempos
E, no eventual paradoxo, viver apenas o nosso: este aqui.
Mas tu não deves sussurar tua partida!
Deixe que ela vá
E vá sem ti.
Pois meus braços têm tua recordação.
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