29 de maio de 2011

Ame-me

Ah, se tu me amasses em um dia de outono!
Ou de inverno!
Eu iria querer que tu me amasses por felicidade própria,
E tuas mãos movessem-se, buscando um (sor)riso apenas nosso.

Por que não nos desfazemos destas explicações?
Não quero que tu entendas o momento;
Ele finalmente tem vida.
Ame-me. Eu te amo.

Ó futuro, como demoraste!
Não, não houve tua demora.
Compreendi a espera para teu encontro
A fim de que me ames.

É nesta cama ou neste chão gélido,
Que eu e tu, meu amor,
Podemos sentir todos os tempos
E, no eventual paradoxo, viver apenas o nosso: este aqui.

Mas tu não deves sussurar tua partida!
Deixe que ela vá
E vá sem ti.
Pois meus braços têm tua recordação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário