29 de maio de 2011

Acordei pensando

É normal o despertar com uma nova reflexão para o dia. Depende das experiências no dia anterior, do sonho que capturou meu inconsciente durante longas horas ou, simplesmente, depende de algo desconhecido.
Uma pergunta abriu meus olhos para a tarde que se fazia de meu início: "o que é paixão?". Não, infelizmente não tenho um motivo. O máximo que tenho - sem posse alguma - é uma pessoa a quem envio amor e luz todos os dias, pois é meio inevitável lembrá-la. E ao pensar nela, tornei esse questionamento mais veemente dentro de minha cabeça dolorida frequentemente. Eis o surgimento de uma confusão de pensamentos.
A Maria sentada na cama:
Talvez não valha a pena dizer que estou apaixonada, pois não sei o que é. Talvez não valham a pena as ações. E o que vale a pena, então?
A Maria escovando os dentes:
A paixão pode ter uma essência egoísta, uma vez que, quando os amantes buscam um ao outro, desejam encontrar a saciedade para seus próprios desejos. Não creio que muitos já se perguntaram "beijo-o por que quero que ele seja feliz? Ou beijo-o por que isso me faz bem?". Mas o beijo, o carinho, o sexo são ações compartilhadas e não necessariamente se valem de solidariedade. Ou sim. Sim. Minhas ideias estão confusas.
A Maria deitada em uma rede:
Quem sou eu para questionar, se mal vivenciei um relacionamento? Que venha a experiência para as palavras coerentes.

A verdade é que muito belo seria se aquele planejado toque fosse com a intenção de vê-lo sorrir, e aquele sorriso fosse a sua satisfação. "Seria"? Sem o uso do tempo futuro do pretérito, pois é sabido que isso acontece. Mas não em todas as vezes. E se você adquire essa reflexão para si, há de ficar louco. Sabe como saciei a resposta para minha provável reflexão "matinal"? Não a saciei. Minha carga de aprendizado não a compreende, e zero por zero já me bastou na apreensão de fazer uma prova, sem estudar, no colégio. 
As pessoas têm banalizado o amor, o que acarreta na dificuldade de autenticar a sua existência. Há dúvidas na frase clichê "eu te amo"; nas declarações que se tornam cada vez mais virtuais, pois redes sociais mais têm servido para propagar vaidades do que sentimentos; há incompreensões em relacionamentos absurdos e fantásticos. A sorte, a pureza, é que há exceções. E as mais lindas palavras de amor podem ser ditas no silêncio de um olhar, sem outrem para dizer "ai, que lindo! Felicidades para vocês!", "o casal mais perfeito que conheço!" ou "eles não vão conseguir ficar juntos por muito tempo"; apenas duas pessoas que, de uma forma inenarrável, conhecem o motivo para estarem se admirando e, brevemente, deixarem que seus lábios e corpos se encontrem mais intrinsecamente.
Tanto me questiono, porque busco um amor. Um amor físico e infinito para abraçá-lo, mesmo sabendo que uma distância na escala de 10³ é - ou foi - impedimento.

Um comentário:

  1. ele sabia disto tudo?
    pq nao fala (ou) pra ele...
    tnk about...
    boa sorte...

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