Esvazia
O copo existencial
Sem agonia
Para o princípio do final.
Deixa transbordar
Metade silenciosa
Do que vem a chorar
Com repreensão cuidadosa.
Porque a outra fração
Fica resguardada
Na insatisfação
De não ser compartilhada.
Há um céu (caindo) só sobre si.
Passa o dia
Correndo sem resposta...
Paira a noite
Com o sono sob aposta.
Perdida aposta.
Mas acomoda uma lembrança
Sempre intolerante
Para com o que se pode ser esperança
De um futuro anúncio dilacerante.
E quem te libertará?
Não há conselho
Quando a consciência é o espelho
Do que se deve optar.
Nunca a morte. Não por mim.
O que se consome em dor
É o vislumbre do olhar
Que clama por amor
Sem êxito ao se levantar.
Estou aqui.
Não sofra tanto, por favor.
Descansa.
Eu o amo!
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