8 de novembro de 2013

Nós dois

O silêncio da natureza
Interrompido pelo sussurrar
Das palavras com a delicadeza
Aceita ao se enlaçar...
Nele. 

Sussurre para mim 
Um significado intacto
E seja, enfim,
Meu gostar personificado

Lugar de feliz recordação
Cabe na veemente serenidade
De ter sido palco à emoção
Concebida por singularidade.

Como se fosse vertigem
Contá-lo tão perto
- Tão certo -
Do afeto como origem...  

Para querê-lo (tão bem).

Em seus olhos, um sorriso
Apreciado sob todo o carinho
De um coração destemido
A palpitar no abraço mansinho.

Vislumbro, busco
E, por fim, me intrigo:
O que resguardam esses olhos
Num indecifrável atrativo?

Vem (e permanece) ao meu alento
De conceder doçura
Para o sentido do vento
Que nos sopra à ternura...

Em sermos nós.
Nós dois.

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