9 de outubro de 2012

Inconstante é ser feliz

Ser feliz
Tornou-se constante,
Como nunca quis
Por um único instante.

Não é da vida
As diárias oscilações?
Queixo-me, tão atrevida,
De minhas maldições!
- Constância, és! -

Ao lembrar,
Vem conforto com a decepção.
Seria masoquismo ratificar
Que a alegria está na modificação?
Ou, quem sabe, numa breve sensação
De ninguém ser,
Nada ter
E o tudo não poder.

O real não condiz ao afundamento
Em sobriedade da tristeza,
Porém não há visão de contentamento
Na felicidade por leveza.

Ah, a fraqueza de sê-lo!

E me habita um Deus!
Não julgue a decisão
Por pecados meus.
Também sou consolação.
E, em Cristo, perdão.

Mas não implore,
Tampouco pereça
Por minha sorte.
Faça o que lhe mereça.
(Só me deixa!)

E jamais use o amor maior
Para me livrar do momento só!
Eis que minha mãe amada
Não está servida à praça.
Por ela, há meu tudo;
Todo o meu mundo. 

Para o fim, não desacredite
Em meu gosto pela vida.
- Ou pela passagem da alegria! - 
Por ora, desejo que minha'lma facilite
O percurso da linha descabida...

Que eu criei e escolhi nas diferenças,
Nas ausências do "Mesmo".

Assim aprendi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário