18 de outubro de 2011

O tanto que me ocorre

Em dias com aparência infindável
Para prosperar um "tudo bem",
Mesmo existindo maleável
O ferro que uso como refém.

Já não importa o cansaço
Ou a dor que eu possa saborear
Num sinal de masoquismo amado
Sobre as feridas a cicatrizar.

Porque não está cansado.
Porque não está saboreado.
Porque não é masoquista.
Andou, bem-vindo à pista.

E o tanto que me ocorre
Não se faz tanto assim
Quando a esperança morre
E ressurge a fé em mim.


És tu, tempo. Tempo, vou te fazer um pedido: exista para sempre em mim. Coexista, sobre ímpeto, para quem não acredita em sua concentricidade. Porque ocorrendo tanto, o tempo corre enquanto. E vai passar, sarar, voltar, agonizar, cicatrizar, machucar... Ar. Ah, o ar! Faz-se vento quando em movimento. Faz-se brisa quando soa leve. Faz-se furacão quando está feroz. Ar, ar, ar. Amar. Só amando para saber que o tempo é auxílio. Que o tempo é Deus. E Deus é tempo. Mas talvez... Sim, tu amas. Eu, também.

Um comentário:

  1. Maria Linda Lira, obrigado, mui mesmo! Eu tenho uma espécie de argueiro em meus olhos quando a coisa em questão sou eu. Mas, só posso dizer que a reciproca é a mesma, estive lendo seu espaço, e gostei muito! Nas entrelinhas me vi, revivi pensamentos, momentos, sentimentos, infinitos... O jogo de palavras, as visões, me deleitou de veras. Uma ressalva pela originalidade em sentimentos tão comuns... Virtuosa das letras acompanharei os posts, será um prazer.


    AHH... esse tanto que ocorre em mim também!

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