19 de março de 2013

Num dia atroz

Indago veemente
Como um diálogo alcança
Meu pensamento latente
E atinge a consciência feito lança.

O âmago intacto
Debate-se em confusão:
Esvazia-se!
Logo busca a solidão...

Vejo o ciclo começar
Trazendo a fadiga
- Em espírito, inimiga - 
Que se impôs por latejar.

Aprendizado a vir:
Da angústia é o tempo.
À frente há de traduzir
Em alicerce ao crescimento.

Mas e agora?
Deito-me na cama
Sob alto nível de sensibilidade,
Sem me encontrar na verdade.

Tudo por convivência!
Quão difícil é, sim
Soltar-se da inconveniência
De quase nunca olhar para o "mim".

E nada posso definir...
Mas sei a Quem buscar:
Conseguindo ou não sorrir,
Prostro-me a orar.

Oração sem método.

De repente,
O impedimento superior,
A atroz convivência pertinente,
As dúvidas pela dor...
Até distante fisicamente!
De repente,
Sou tomada de Amor:
Divino amor.

E tudo se esvai...
Estou em meu Refúgio. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário