8 de agosto de 2012

Mais uma vez, existencial

Receio
Os poucos dias a vir.
Percebo
A ausência do sorrir.

Por que parece haver fim?
Fim imediato
Com início desperdiçado...
A situação não pertence a mim.

Não quando estou alegre,
Mas já depressiva,
Entregue à miserável febre
De querer ser esquecida.

Hei de exigir desculpas
Para minha culpa!
Esbravejará meu ego
Para o ato incerto.

Desespero-me
E transfiro.
Embebedo-me
E complico.

Importa amar, sim!
Não findar o choro ao calar.
Pois com o sujeito oculto
Deveras me preocupo.

A minha mente ocupo.
Minha imaturidade culpo.

Surja, ó aprendizado!
Já não desejo a tristeza,
Tampouco minh'alma em pobreza...
Necessito de um futuro libertado.

A voz, então,
Abafada me acalme
E o esperneio de meu coração
Cesse!
Não mais me maltrate...

Porque eu almejo
Só mais do teu beijo.
- Provo a sinestesia da maciez -
Para que não ouses repetir
Que de ti eu me esqueço.

Sei que te mereço.

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