Receio
Os poucos dias a vir.
Percebo
A ausência do sorrir.
Por que parece haver fim?
Fim imediato
Com início desperdiçado...
A situação não pertence a mim.
Não quando estou alegre,
Mas já depressiva,
Entregue à miserável febre
De querer ser esquecida.
Hei de exigir desculpas
Para minha culpa!
Esbravejará meu ego
Para o ato incerto.
Desespero-me
E transfiro.
Embebedo-me
E complico.
Importa amar, sim!
Não findar o choro ao calar.
Pois com o sujeito oculto
Deveras me preocupo.
A minha mente ocupo.
Minha imaturidade culpo.
Surja, ó aprendizado!
Já não desejo a tristeza,
Tampouco minh'alma em pobreza...
Necessito de um futuro libertado.
A voz, então,
Abafada me acalme
E o esperneio de meu coração
Cesse!
Não mais me maltrate...
Porque eu almejo
Só mais do teu beijo.
- Provo a sinestesia da maciez -
Para que não ouses repetir
Que de ti eu me esqueço.Sei que te mereço.