8 de março de 2012

Superando o talvez

Talvez não devesse fugir
Em um choro tão enojado,
Ao ponto de desejar partir
Até o tudo indeterminado.

Talvez não precisasse cair
No interior da própria tristeza,
Onde a luz não pudesse mais sorrir
Enquanto envolvida pela fraqueza.

Talvez não chamasse a atenção,
Talvez não o ouvisse,
Talvez não possuísse razão,
Talvez a angústia não surgisse.
Mas o fez.

Sob o desespero da autocondenação
Um convite soava despedida,
Ainda que desejasse definitiva correção
Com permanência da aliança em seguida.

Só o queria.
Desejaria-o.
Amaria-o.
Seria.
Ah! É!

Mas o prateado reluziu o olhar,
Confortou o peito,
Fez possível respirar
E feito rios, seguiram o leito...
Unidos como um,
Vívidos como dois.

Se puder amar mais...

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