Talvez não devesse fugir
Em um choro tão enojado,
Ao ponto de desejar partir
Até o tudo indeterminado.
Talvez não precisasse cair
No interior da própria tristeza,
Onde a luz não pudesse mais sorrir
Enquanto envolvida pela fraqueza.
Talvez não chamasse a atenção,
Talvez não o ouvisse,
Talvez não possuísse razão,
Talvez a angústia não surgisse.
Mas o fez.
Sob o desespero da autocondenação
Um convite soava despedida,
Ainda que desejasse definitiva correção
Com permanência da aliança em seguida.
Só o queria.
Desejaria-o.
Amaria-o.
Seria.
Ah! É!
Mas o prateado reluziu o olhar,
Confortou o peito,
Fez possível respirar
E feito rios, seguiram o leito...
Unidos como um,
Vívidos como dois.
Maria Linda, poesia linda, sentimentos maravilhosos.
ResponderExcluir