Tanto fui água
Que transbordei
No copo da prisão
A que me assolei.
Derramei-me
Feito lágrima de criança
Sem brincadeira.
Choro de monotonia.
Engoli as brasas
Que reluziam indecorosas
Pela permissão inocente
À falsidade ateadora.
Afoguei o amor
Em meio às tempestades
Não acima, mas por dentro:
Nuvens internas são tão pesadas...
Mas à Mão Ascendente
Fui irrefutável obediência,
Deixando-me acalmar,
Permitindo-me clarear.
Desafoguei tanto amor,
Que aprendi a amar.
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