16 de novembro de 2012

Perdendo-se

Perco
A postura mental
E apenas vejo
"Este é o teu final".

Indago
Onde estão as respostas...
Perplexa, paro;
Só tenho apostas.

Porque você há de perder
O controle da situação
Mediante todo o seu sofrer
Não ser um vislumbre além do chão.

Discutir as lembranças
Torturará a falta
- Tornando-se saudades santas - 
Pelo selo na alma.

E quem encontrará
A compreensão para um chorar,
Se alheio é o que se pode notar
Na observação que outrem fará.

Mas que eu viva:
Perdida em sonhos!
E jamais me julgue iludida,
Pois a mim não é o que proponho...

Estou perdendo-me em mim
E apenas não sei se estou bem assim.

9 de novembro de 2012

Descoberta incompleta

Se o mal veio ao meu socorro,
A Força decidiu me ensinar
Por meio de um sopro
Que os ventos hão de conspirar
Ao meu favor sobre o morro.

Agradraria-me a compreensão
Para a lógica vital
De estar em ascensão
Após um soco brutal.

E, talvez, descobri:
A luta não é falha
- Você pode sentir -
 E ao amor nada atrapalha.

A procedência da descoberta
É humana!
E ainda que esperta,
Dela erros emanam.

Só me explique
Como um teor materno,
Tão terno,
Pede que a minha alma suplique
Por meu desejo de vida eterno.

O mais:
Caminhos tão misteriosos
Perpetuam as amizades
Através de momentos empáticos sigilosos.

Qual a maneira, então
De um homem amar
A fragilidade em personificação
Ao ponto de tanto suportar?

Não!
Não encontrarei todas as respostas...
Tampouco quererei
Realizar apostas
A respeito do mistério que sempre serei.

E terei.