15 de abril de 2012

Transformando a matéria sentimental

Condensem, por mim, a dor diária
De ficar estagnada,
Como se não fosse condição primária
A meta outrora planejada.

Solidifiquem o cansaço
De sentir-se infeliz
Perante a ausência de compasso
Entre o livro e o aprendiz.

Vaporizem a felicidade
Tão rara em dias de luta,
Nos quais buscam um doce de verdade
Perdido, quiçá, no silêncio da amargura.

E tornem matéria meus sentimentos!
Mas que ninguém os torture,
Feito os ventos:
São sentidos sem alguém que os segure.
Não os capture!
Porém, hão de poder
Mudar a direção.

Sob comando de uma força maior.
 

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