18 de setembro de 2011

Equilíbrio

Na verdade, a constância não é o equilíbrio. Acreditar que o fim de todos os problemas e reinício de sossego eterno não é a melhor forma de encontrar o ponto de equlíbrio para a balança viva que somos. Os conflitos eternos, capazes de modificar a essência e aperfeiçoar a sabedoria alcançada através das experiências, são a massa em excesso de uma vida. Sem essa matéria, não haveria descobertas. Sem descobertas, não saberíamos encarar desafios com níveis superáveis aos anteriores. E por meio de vitórias e derrotas, é construído o orgulho de nós mesmos.
O que pretendo expor, particularmente, é a necessidade do desequilíbrio, uma vez que ele é parte fundamental do equilíbrio. Pensar - por exemplo - em uma briga, na experiência adquirida para encarar a compreensão e na sensação de resolução instiga - pelo menos a mim - o ser humano a se medir. Em suas medições, ele se conhece verdadeiramente.
Eu tenho muito a agradecer por minhas dificuldades, mas pouco sei expressar nos momentos de desespero. Expressemos, pois, nossas más e boas emoções. Vivamos tudo, porque sufocar nossas raivas ou frustrações não nós fará parecer mais serenos para os outros, enquanto o nosso-eu estiver em crise interior. Admiremos a aventura de fitar e responder os problemas. Respeitemos a sabedoria que teremos conquistado com o "sobe e desce" da existência. Abracemos o equilíbrio devidamente perdido no caos.

7 de setembro de 2011

Lavando a alma linguística

Que todo ser humano é capaz
Não é mistério para ninguém.
Mas há quem se supera no que faz
E a outro causa um grande bem!

A minha paixão é assumida
Pelas palavras que se combinam
Na formosa linguística
De encantos que admiram.

Há texto por toda parte,
Não dispensa o mínimo espaço!
Surge palavra até de Marte
Enfeitada com um escandaloso laço.

E reluzem os singelos,
Carregando conhecidos vocabulários
Que se mesclam sob o belo
Com seu aspecto revolucionário.

É resgatada por minha visão
O sentimento de calma
Encontrado na lavagem d'alma
Acompanhada de emocionante sensação.

Então é revelado
O segredo da escrita:
Pois não requer o sofisticado,
Mas a sua vocação efetiva.

Ao Filipe Tondato, que se fez, em sua simplicidade magistral, um grande escritor. 

Autoperdão

Não digo que me perdoe, mas busque sabedoria para se encontrar em suas falhas e alcance serenidade para reconhecer que são necessárias as desculpas do seu próprio eu.

2 de setembro de 2011

Avidez por distância

Ainda não foi descoberta
A origem para seu anseio
De se ver liberta,
Alçar o voo mentalmente prisioneiro.

Seja o estudo,
Seja uma genuína vocação...
Busca-se a ausência do mudo
E o ínicio da mais livre ação.

Vai embora
Sem demora
Quanto à hora
Que é o agora.

Ou um pouco mais de espera,
Ou um pouco mais de experiência.
Quem dera avassalante amnésia
Para a antiga sobrevivência.

Mas que eu tenha a minha mochila
Em turgidez de conhecimento,
O qual se faz psicológica comida
Para um novo ser em andamento.

Andando distante,
Talvez perambulante.
Mas sabendo o seu querer:
Ela quer ir, a fim de renascer.