6 de agosto de 2011

Precipício

Se guarda uma luz ao fundo,
Não é sabido a sua origem,
Pois parece engolir parte do mundo
Esse precipício de causar vertigem.

É sentido um dos pés em falso,
Encolhendo-se para regredir.
Mas parece estar descalço
E os dedos começam a se ferir.

Corra para o lado!
Por mais que o escuro seja atrativo,
Não deveria ser bruscamente jogado
Um pensamento pela bravura não aquiescido.

Surge, então, uma parede
Aproximando-se por trás,
Empurrando o tapete
Que guarda como poeira a paz.

A parede pode ser o tempo,
Que se move conforme seu arrastar...
Haja ou não contentamento,
(Só) será possível correr ou de vez pular.

Quantas vezes a vida não foi um vale? E conforme a trajetória seguia, quantas foram as vezes em que o caminhante se encontrou em picos? Mas há precipícios, e situações que colaboram com sua dimensão. Correr ou pular podem ser escapatórias, mas dificuldades são encaradas através da coragem. Cabe ao caminhante encontrá-la em sua experiência.

2 comentários:

  1. Aow! Muito obrigada pela visita!
    Fico grata, também, pelo elogio, mas sou apenas uma amadora e amante da Linguística.
    Tentei te agradecer via Orkut, mas não consegui. E acho que voltei por lá, hein. hahaha

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