Fui nefelibata
E quase o sonho me mata,
Quando apresentou-me a desilusão
Para o que nomeiam de coração.
[Mas é a mente]
Choros vieram a curar
Cada dor após um empurrão,
Mas também conseguiram secar
Todo os planos de paixão.
[Resgatando a solidão]
Até o momento de um encontro
[Melhor dizendo: reeencontro]
Em que pudera existir espanto
Ao som de um canto:
"Só que agora é diferente/
Sou tão tranquilo e tão contente".
O que achara ter se perdido
Em meio a tombos
E pontos
Fora devolvido.
De forma sincera.
Sob pesadelos.
Sob meus insanos tropeços.
Ele que me devolve o amor
A cada ligação
- Ou em divertida declaração -
Fugiu com a dor.
Vi o mar.
Senti o ar.
Provei da certeza
De amar e concretizar.
Devolveu-me sonhos
Ou um sonho para lutar.
Devolveu-me a calma
Ou um objetivo pelo qual esperar.
Mas não só devolução.
Houve criação.
E há.
Cria-se o futuro a dizer
Sobre o meu querer.
[De estar com você]